Não tem jeito, eu realmente não consigo estabelecer uma relação unha e cutícula, ou melhor, caneta e papel, com o teclado. Acho que isso se deve muito ao fato de ser uma pessoa que começou a desenvolver a escrita no tempo do Meu Querido Diário e não do Eu tenho um Blog. Que escreveu muitas cartas, antes de existir emails e que em vez de chats, frequentava o 145, sem a menor suspeita de que aquilo era uma espécie de mIrc pré-histórico (canal Vigias, Secretárias do Lar e Pirralhos Pentelhos) .
Quando eu escrevo no computador, parece que uma trava automática é acionada. É que o texto assim, digitado, tem pra mim uma certa gravidade. Parece que é uma coisa séria e acaba inibindo, sem querer, a espontaneidade. Passado a limpo, tudo ótimo, mas pra parir o menino, tem que ser no papel.
Ali é uma intimidade só. A caneta entre os dedos é quase como uma extensão do corpo. Parece que as emoções fluem pelas mãos. Ver as letras se desenhando e as palavras se formando é quase como ver o pensamento. Gosto da frase mal escrita riscada e ainda assim fazendo parte do texto, ao invés de desaparecida, como se nunca houvesse existido. Gosto da tipologia única, só minha, bem feitinha ou quase ilegível, variando a forma conforme o conteúdo emocional. Gosto dos desenhos e rabiscos ociosos nas bordas do papel, registro das paradas pra organizar o pensamento .
E quando cai uma lágrima então e afoga uma palavra?
Aí é o êxtase.
Quando eu escrevo no computador, parece que uma trava automática é acionada. É que o texto assim, digitado, tem pra mim uma certa gravidade. Parece que é uma coisa séria e acaba inibindo, sem querer, a espontaneidade. Passado a limpo, tudo ótimo, mas pra parir o menino, tem que ser no papel.
Ali é uma intimidade só. A caneta entre os dedos é quase como uma extensão do corpo. Parece que as emoções fluem pelas mãos. Ver as letras se desenhando e as palavras se formando é quase como ver o pensamento. Gosto da frase mal escrita riscada e ainda assim fazendo parte do texto, ao invés de desaparecida, como se nunca houvesse existido. Gosto da tipologia única, só minha, bem feitinha ou quase ilegível, variando a forma conforme o conteúdo emocional. Gosto dos desenhos e rabiscos ociosos nas bordas do papel, registro das paradas pra organizar o pensamento .
E quando cai uma lágrima então e afoga uma palavra?
Aí é o êxtase.
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