fazia um tempão que eu não sonhava. ou não lembrava dos sonhos. mas nessa última semana tudo mudou. um monte, todo dia. não que seja um incômodo, mas sou meio noiada com esses assuntos oníricos, passo o dia todo tentando encontrar significados ocultos, premonições ou pelo menos o bicho certo pra apostar.

o último sonho foi esse em que eu abria o 'maleiro' do meu guarda-roupa e tinha uma minifloresta, todo um ecossistema com plantas e bichinhos totalmente esquisitos. uma coisa tipo aquele armário de mibII. tava ótimo, até que uma borboleta voou em direção ao meu olho e pânico. só conseguia me lembrar desse trauma de infância, de que o pelo da asa da borboleta cega a pessoa.

nenhuma dúvida quanto ao recado, que eu tenho fé um dia consigo interiorizar. desapego. desapego. desapego. mas é um processo tão difícil esse de arrumar o quarto e de jogar fora coisas que um dia poderão ser muito importantes.

você começa bem direitinho, cheia de vontade e pronta pra se tornar uma pessoa melhor, até que uma foto aqui, uma cartinha ali, um livro preferido que tava sumido e, golpe fatal - a velha caixinha de fitas cassete. tarde demais, tchau feng shui. todo o seu ser já foi tomado pela verminose nostálgica e a única possibilidade é a entrega total ao passado, no mínimo umas quatro horas de puro deleite e nenhuma evolução. dá não. só terceirizando.

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vou jogar no cavalo essa semana. (isso mesmo, aqui diz que borboleta significa cavalo, sei não a explicação.)