quinta-feira, março 16, 2006

mesmo tentando ignorar os lançamentos tecnológicos diários, as novas coleções outono-inverno, as promoções relâmpago da gol e da tam, ploft, aparece na sua frente esse celular que é tocador de mp3 e tantos, mas tantos milhares de apelos do mal. e eu ando nessa crise euqueroomundo.

aí tem essa mulher, que é uma das minhas ídolas do momento.

por que só na teoria, numa realidade mental muito distante e etéria eu sou uma pessoa integrada bastante apolíptica e queria que todos os meios de comunicação explodissem, juntamente com uns tantos ícones óbvios do mundo capitalista. híbrido destemido de pstu com pv - ui, medo- eu mesma explodiria alguns mcdonnalds (por motivos calóricos) e uns executivos chineses (por que tá na moda falar da china), gritando, claro, i'm jack's inflamed liiiveeeeerrrr!!!!

e queria que o mundo se transmutasse globalizadamente numa linda sociedade tribal e naturalista. vê que lindo: as pessoas correndo despidas e desestressadas pela relva, plantado sua própria soja orgânica... e, à noite, ao redor da fogueira, contando, entre ohs, uis e yews, as histórias do rico acervo sobrenatural da era dos extremos.

when the moooonnnnnn...

tem a questão das muriçocas, né? e o problema da falta de papel higiênico, do protetor solar e do cinema.

eu disse distaaaannnnte, etéeeeeerio.

por enquanto já ia ajudar bastante uma temporada numa clínica para recuperação de consumistas descontrol. por que deve ter uma. se não tem ainda, ô bando de empreendedor vacilão.

ô minha tia, como é que faz pra entrar nessa religião aí?
às vezes começo a fazer conta de quanta fortuna existe aplicada em temporadas completas. e desisto antes que chegue no valor de uma passagem ida e volta pra espanha, por que é um absurdo e eu queria realmente ir pra espanha aprender a fazer paellas in loco.

antes era com os cds, num tempo distante em que esperava ansiosamente, por meses! (ou semanas que pareciam meses) o dia em iam me ligar da vinil, avisando que o VU chegou. espera sofrível duplamente, pela ansiedade da coisa chegar logo e pelo rombo nas finanças. aplicação bufada essa.

na minha infância não existia a doença das temporadas completas.
pobres crianças de hj em dia, pobres mães, pobre (mesmo) eu.
por que recebi um cataloguinho do submarino na minha residência (eles atacam sem dó, em toda parte, não existe saída pela direita nenhuma) e tem essa exposição aos objetos que nem constavam na listinha do consumo vital irresponsável. por que eu nunca tinha parado pra pensar que existem temporadas completas do Manda-Chuva, de Scooby-Doo e...uuui, golpe rasteiro...dos Flinstones.