eu sou uma paraibana do paraguai e comi chumbinho qd era pequena. então danço forró extremamente mal, apesar de gostar muito.
antes até avisava a pobre vítima dançadoira pra aliviar a culpa do inevitável pisão no pé, mas a gente vai ficando mais cara de pau com o tempo e agora nem ligo, quem mandou chamar.
mais do que a deliciosa imersão obrigatória no forrobodó, são joão é voltar a infância, por que na minha família sempre foi uma tradição. festão lá em campina, que se dividia numas três casas pra poder caber todo mundo, friozinho e orgia gastronômica junina. ou festinha aqui, ótima do mesmo jeito, com foqueira e todos os tipos de fogos (e alguns membros da família queimados ocasionalmente).
melhor de tudo, são joão é a desculpa perfeita pra gente ir pro interior. adoro. a feira, as cadeiras na calçada, andar de mototáxi, pessoas menos estressadas, a comidinha caseira, as quermesses com parquinho de diversões, a inexistência de prédios poluindo a vista, o tempo que tem menos pressa. me mudava tranquilamente pra um sítiozinho numa cidade amigável. plantar verdurinhas, criar uns bodes e umas galinhas. (ia sim, tendo internet rápida, eu ia.)
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por isso eu fui pra arcoverde de novo, e por causa dos amigos e do coco. nem foi foi pelo show do cordel, por que tá bom, já tive minha cota pra vida toda, eu pensei. nada, sempre é foda e esse acabou sendo o segundo melhor da vida, mesmo com o som péssimo.
como gritou lirinha pra juventude doirada arcoverdense 'aqui é diferente'.


as fotos são de Marcelo - é o féra - Almeida.
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olha que foi no risca faca que eu te conheci
simpatia pra desgrudar essa coisa da minha mente, por favor.