quinta-feira, setembro 30, 2004

Mondo Trash

Salma Hayek fazendo Betty a Feia na ABC. Muito ansiosa pra ver isso.

Pianocktail e Improbabilidades Infinitas

Junto aos Livros Sonhados e Ainda Não Escritos do acervo da biblioteca de Lucien, na minha listinha dos desejos impossíveis (ou melhor, improváveis), tem duas geringonças não existentes nessa dimensão, que eu queria muito, mas muito mesmo:

** O Pianocktail de Boris Vian, que é mais ou menos assim: cada tecla corresponde a uma bebida alcoólica, licor ou substância aromática; os pedais, a ovo batido (dispenso, ieca) e a gelo, o Sol grave, a creme de leite e a duração das notas, corresponde às quantidades. Você toca e depois tem a tradução da música em forma de bebida. Imagine o fenômeno de beber um Paint in Black, um Suffering, um La Mer... ui que vontade irresistível de divagar sobre a composição das bebidas... Mas não é incrível isso?

**A nave de Zaphod Beeblebrox, do Mochileiro, movida pelo Gerador de Improbilidades Infinitas. Quando ela atinge a Improbabilidade Infinita, passa por todos os pontos do Universo e a pessoa pode ir pra qualquer lugar num zerézimo de segundo. Quanto mais improvável é a coisa, maior a probabilidade dela acontecer, mais ou menos isso. Eu queria saber que drogas Douglas Adams tomou pra inventar tantas absurdices fantásticas num livro só. Muito do caralho!!!

quarta-feira, setembro 29, 2004

Menos dois cisos, mais dois quilos

Não consegui convencer ninguém a me dar um Häagen-Dazs, mas ganhei um sorvete Leite Moça de sabor Chocolate, que não é a mesma coisa, mas também é muuuito bom. Tô precisando muito agora do de Creme com Frutas Vermelhas pra combinar.

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Mais um indício de que eu sou mesmo um ser mutante, cujo fator L está intrinsecamente misturado ao DNA.
Não bastasse ver tudo desfocado e ter uns pés chatos nada adequados a esse mundo, meu dente que deveria ter duas raízes, tem TRÊS! Uma aberração!
Pode ser também uma sequela da abdução que eu posso ter sofrido, conforme os conhecimentos de Marcela.
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E todas as avós do mundo estão certas: quem não tem o que fazer só pensa mesmo bobagem.

O ócio improdutivo

Por que quanto mais nada você faz, mais nada você quer fazer?
Aí, em vez de estudar pra ser alguém na vida, ou de ir arrumar o quarto que tá muito precisando, a pessoa fica no msn pentelhando os amigos trabalhadores, torturando o ovo do namorado busy trabalhador, vagando por todos os blogs da vida, procurando pessoas desaparecidas no orkut e botando coração e estrelinha pros amigos... e gastando muito dinheiro, por que internet a cabo é um item que não consta nesse domicílio.

terça-feira, setembro 28, 2004

Kubrick or not Kubrick

O Iluminado e Laranja Mecânica sempre constaram na minha listinha de filmes preferidos de todos os tempos, mas eu nunca fui uma pessoa que gosta de Kubrick. Assim, de gostar da obra como um todo, da marca da pessoa nos filmes, como eu sempre gostei de Hitchcock. Isso tem uma explicação. É por que eu tinha uma questão com 2001, um trauma sério de infância.

Eu nunca fui de dormir cedo, sempre ficava na resistência, até por que os melhores filmes sempre passavam bem tarde. Gêmeos - Mórbida Semelhança; aquele filme que eu esqueci o nome, que começa com um show do Bauhaus e David Bowie é um vampiro (oxi mainha, as mulheres tão beijando na boca!); Vertigo; aquele da menina que esquiava e fica tetraplégica; O Estranho que nos amamos (muito sinistro) e todos os de terror - meus preferidos na época, por que sempre fui meio doentinha da cabeça.

Eu sei que era um ódio mortal quando a sessão de gala, corujão, sei lá, anunciava 2001! Não lembro qual foi a primeira vez que eu peguei abuso, só sei que eu tentava e não tinha jeito. A parte dos macacos, até que era mais ou menos, mas quando chegava naquelas cenas de espaço sideral que nunca mais acabavam, nem Lexotan pra me fazer dormir tão rápido. Aí ficou o trauma.

Mesmo depois de virar uma pessoa adulta que já ia pras "Sessões de Arte", que já tinha aprendido a ver cinema de uma forma diferente, e por isso mesmo, gostava ainda mais de todos os outros filmes dele. Mas sempre tinha 2001, sinônimo de filme pé no saco.

Essa trava na nossa relação perdurou até algumas semanas atrás, quando eu aproveitei uns momentos de ócio, na casa de Henrique e resolvi enfrentar HAL.

Tá bom. Eu gosto de Kubrick.
Mas ainda acho as cenas do espaço infinito muito demoradas.

segunda-feira, setembro 27, 2004

Um minuto pra terminar o Dia do Fico

Tempo ainda pra um oferecimento musical:

1. Yours and Mine - F. of Wayne
2. The Boy - SP
3. God only Knows - BB

e uma ternurinha.
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Super Size: 1 Real

McDonnalds que porra nenhuma. Afinal, quem tem R$ 9,00 pra gastar por dia numa só refeição? McLanche, além de ruim, no sentido colesterol, hipertensão e os blablás que todos já sabem, é comida muito da chique. McLanche Feliz então, pra muito pirralho é lenda (excluindo a minoria Geração Shopping, economicamente mais provida). Quem sabe no dia do aniversário e olhe lá, só por que já vem com presente. Sorte deles que ainda não foram cooptados por aquele Ronnald McDonho sinistrinho (medo!!!).

Falando em fast food acessível à massa trabalhadora, o brasileiro lascado pelo menos ainda tem a sorte de encontrar em qualquer esquina a Santa Quentinha, evolução da marmita, ou ainda o similar PF, esses patrimônios nacionais, que garantem o arroz-com-feijão mais ou menos saudável de cada dia por módicos R$ 3,50.

Mas veja, para a grande maioria das pessoas, que por um motivo ou por outro, tem que comer fora, até quentinha/PF é luxo. São R$ 105,00 por mês, quase a metade do salário ínfimo, gastos só com almoço. Aí o que resta para os famintos lisos é apelar pro onipresente Batintope de R$ 1,00 – the real brazilian fast & trash food.

Nem Mc's, nem Bob's, nem Habib's. A maior rede fast foodélica do país se chama Ambulantes Alimentícios S.A. Precisa nem procurar, eles estão por toda parte. Em qualquer porta de colégio tem um monte, no centrão é um batendo no outro. Até o Shopping Recife tem Praça de Alimentação de R$ 1,00, que fica ali fora, perto do cinema velho.

Já comi muito ambúrgui ali, vi, nos meus anos de profissional de vendas. E o melhor é que tem buffet de frios, pra entupir o sanduba com milho, ervilha, batata palha, verdura, molhos e mais coisas até ele não aguentar. E você ainda ganha um copinho de guaraná Schin pra desintalar, inteiramente grátchis,

Pro café da manhã ou sobremesa, no mesmo lugar tem uma salada de frutas supimpa. Vem num copão, com leite condensado no fundo, no meio e em cima (sem precisar pedir!), sorvete e farofa de amendoim. Inacreditável. Se quiser uma coisa mais light, você pode optar pelo sacão de frutas tropicais variadas (num carrinho de frutas perto de você). E, já que estamos falando em doces... se a meta é explodir, tem sempre o homem do Japonês. Meu preferido, o homem não, o doce, é: metade amendoim e metade goiaba com coco, nham.

Opções de merendas, tem muitas. Pode ser um churrasquinho de gato (a denomiação "Espetinho" implica num preço mais alto, por que tá na moda), um salsissão com farofa (minha perdição) ou um Bate qualquer – aquelas massas gigantes, fritas ou assadas, que têm uma colher de chá de recheio no meio. E dane catchupmaionesemostarda pra dar o gosto. E com refri, incha que é uma beleza. Aí pro jantar, o velho Sopão RO avec Pão Grátis é mais do que suficiente pra você dormir em paz. H recomeda os que tem lá pelas redondezas da Católica.

Mas não é só isso, tem ainda o Especial de Fim de Semana Domingão em BV – The Challenge (concebido por Gil e cia :), aqui adaptado ao Super Size: 1,00). O desafio é o seguinte: aceite tudo o que lhe oferecerem, desde que não passe de R$ 1,00. Você pode até não beber, mas vai ser uma orgia gastronômica do mal. Na sequência: amendoim torrado e cozido, queijo com orégano, caldinho, mais caldinho, ostras (pros aventureiros) e de arremate, um picolé de castanhas Kaseiro. Depois é só rezar pra chegar a tempo no banheiro mais próximo.

domingo, setembro 26, 2004

Cleptomania Amnésica

L: (atende o cel, toda fofa) ooi meu amor
H: (meio impaciente) L, cadê o Renu que tava no banheiro, por acaso você levou?
L: claro que não, tá doido é?
H: dê uma olhada na bolsa, que vc levou
L : oxi, tu quer saber mais do que eu é? só peguei as minhas coisas que tavam em cima da pia

L olha a bolsa e acha o Renu.

L: errr... achei, foi mal. é por que eram tantas coisas!


Alguns minutos depois...


H: (impaciente) L, cadê a Veja
L: peraê né, aí também é demais. procura aí, tá em cima da cama, sei lá... tá lembrado não, eu pedi até pra tu guardar, que eu vou precisar daquele artigo...
H: tá não, já olhei tudo, tente se lembrar qual foi o último lugar onde você tava lendo
L: putaquiupariu, eu tenho certeza que taí no teu quarto

Mas por causa do antecedente criminal recém comprovado e pra reabilitar a imagem diante dos amiguinhos que presenciaram o episódio, inclusive todos se divertindo a valer, L vasculha o carro, doida pra ligar de volta: távendotávendoqnãofuieu!

L:
taqui comigo
H: hein, o quê?
L: nada, tô passando aí.

Fui eu não, é essa Conspiração Lombra que me persegue.