prefiro ler críticas de filmes depois de vê-los, mas com a marcha dos pinguins foi inevitável. por que demorei muito e por que foi comentado em tudo que foi canto. então quando finalmente peguei o filme já tinha lido um monte de coisas, ótimas e ruins.

das negativas, que é só mais um documentário da nacional geografic só que com uma narração melodramática. e que transformou um ritual de sobrevivência aperfeiçoado por milhares de anos e muita provação numa singela historinha de amor cheia de clichês.

prevenida, fui conferir muito disposta a manter o meu eu crítico chato - a mulher mais irritada de holloway - de prontidão, pra não ser totalmente capturada e ter minhas emoções manipuladas por aqueles pinguins fofinhos falando cinema francês. deu certo nos primeiros cinco minutos.

depois virei uma mangueira furada soluçante até os créditos finais mais ou menos.

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pra wishlist

pegar num gelo azul da patagônia
e ver um monte deles pinguinzando com a bundinha pra lá e pra cá bem de pertinho.

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dias depois...

achei o homem mais irritado de holloway ele mesmo.
esculhambou, mas foi a melhor, tinha que guardar aqui.

queria ter essa experiência na vida. a maravilha libertadora de passar pelo menos um dia, unzinho, sem sentir medo.

de ficar, de partir, começar, terminar, ligar, não ligar, mudar, falar, vidro aberto, sinal fechado, tsunami, amar, não amar,

de se jogar enfim.

the woman without fear.