quinta-feira, setembro 07, 2006
quarta-feira, setembro 06, 2006
das reminiscências musicais - cap IX
nunca fui de ouvir rádias de internet. falta de costume. aliás, não era. por que tem sempre um motivo novo pra justificar as minhas noites em claro e agora é essa last fm, brinquedinho preferido do momento.
fico tentando visualizar como seria a minha vida (mais a de analu e de marcela, companheiras das descobertas e vícios musicais), se existissem essas facilidades de soulseek e rádias internets lá em outrora (no começo dos 90), quando a gente tinha 15 anos, uma fome-zumbi de música e tempo pra escavucar atrás de.
pq não tinha essa boquinha não, caros amiguinhos sub-vinte e cinco. eram tempos difíceis e os recursos muy escassos.
os pobres esfomeados que não se contentavam com rádias fms regulares e discos de novelas sofriam bastante pra chegar num pixies, num sonic, num velvet, na nova revelação da semana das paradas inglesas. era só o Novas Tendências de José Roberto Marr (sei nem se é assim), herói máximo da adolescência. praticamente quase todas as bandas preferidas pra todo o sempre foi ele quem trouxe pra minha vida. e tinha o Jonh Peel com zumbidos no rádio antigo massa de Analu, que pegava ondas curtas. buzzcocks, stooges, a megasena de pegar uma entrevista de surpresa com uma das obsessões. bem depois chegou a 89, alegria que nem durou muito.
gostou da bandinha e quer saber mais? google e pronto nada. esperar a (show)Bizz na esperança de ver amados na capa. e a letras traduzidas (viciado compra qq coisa mesmo). sodiler do aeroporto, amucegar NME, Billboard, Id.
uma coisa boa, como não eram tantas as opções, dava pra destrinchar melhor as descobertas interessantes. ouvir 10 vezes, chupar os ossinhos. ir passando lentamente da curiosidade, da paixão (ou da estranheza perturbadora) pro amor. e também todo aquele prazer da conquista, que fica maior pela dificuldade.
outras coisas divertidas. o amigo que vinha de fora com um disco importante e que imediatamente virava ôu mighty dono da bola, por favor, por favor. as fitinhas que rodavam a cidade, tipo corrente. tem uma do violent femmes que virou lenda. as pessoas mais diversas - mesmas músicas, mesma ordem. muitas discursões pra tentar descobrir a matriz e até hj pra mim é mistério do além.
confesso que agora me vejo doida, ainda não sei me mover direito no meio de todas essas avenidas, ruas e becos engarrafados de informação. mas gosto muito, tô reclamando não. o que as forças do soulseek mais banda larga não causam numa vida? pq o zumbi que tava tão hibernante acordou com pense numa fome. engraçado como algumas coisas na gente não mudam com o tempo.
mas já que essa coisa nostálgica musical tomou conta de todo esse post que não era nem pra falar de passado, vou aproveitar pra agradecer a
*painho. que me deu os primeiros compactos sem ser de historinhas.
*tio zé e tia lita, primeiro beatles e chico.
*lojinha que esqueci o nome que ficava na conselheiro aguiar, perto do bradesco. parada obrigatória pós-aula, onde eu só ia ouvir coisas e não comprava nada. foi a primeira.
*loja de Paulo André, nas Graças, nome esquecido tb. cris e val. alta fidelidade demais. visitante ocasional, por que lá é ob e eu era bv. camisa do clash que existe até hoje.
*allegro cantante. pentelhava bastante, mas juntando duas semanas de mesada já dava pra umas comprinhas. sabe um lugar que você nunca, nunca na vida vai esquecer? muitos smiths, o surfer rosa, o sister, the band of holy joy, bauhaus, stone roses, todos os joy division e new order. acho que agora nesse momento vou chorar.
*os amores. que sempre trazem um novo mundo musical pra nossa vida. às vezes não lembro nem o meu telefone (e.s.s.m. total), mas sei exatamente quem trouxe o quê. na verdade dá pra montar toda uma cronologia amorosa musical. hum, diversão pra qd tiver faltando trouxa de roupa pra lavar.
* a vinil. encomendava dois e só levava um, pq estudante, dólar, essas coisas. bestie boys, velvet da banana, vu. aí já era cd. sim, pq eu tava falando de vinil até agora.
falando nisso, melhor parar antes de começar a registrar d e t a l h a d a m e n t e como foi a passagem dolorosa do vinil pro cd e a ok do cd pro mp3. e salve os tocadores de mp3, que transformam uma singela ida ao supermercado, malhação, espera em consultório médico e tralalá, numas experiêcias tão mais felizes. pq trilha sonora na vida :)
fico tentando visualizar como seria a minha vida (mais a de analu e de marcela, companheiras das descobertas e vícios musicais), se existissem essas facilidades de soulseek e rádias internets lá em outrora (no começo dos 90), quando a gente tinha 15 anos, uma fome-zumbi de música e tempo pra escavucar atrás de.
pq não tinha essa boquinha não, caros amiguinhos sub-vinte e cinco. eram tempos difíceis e os recursos muy escassos.
os pobres esfomeados que não se contentavam com rádias fms regulares e discos de novelas sofriam bastante pra chegar num pixies, num sonic, num velvet, na nova revelação da semana das paradas inglesas. era só o Novas Tendências de José Roberto Marr (sei nem se é assim), herói máximo da adolescência. praticamente quase todas as bandas preferidas pra todo o sempre foi ele quem trouxe pra minha vida. e tinha o Jonh Peel com zumbidos no rádio antigo massa de Analu, que pegava ondas curtas. buzzcocks, stooges, a megasena de pegar uma entrevista de surpresa com uma das obsessões. bem depois chegou a 89, alegria que nem durou muito.
gostou da bandinha e quer saber mais? google e pronto nada. esperar a (show)Bizz na esperança de ver amados na capa. e a letras traduzidas (viciado compra qq coisa mesmo). sodiler do aeroporto, amucegar NME, Billboard, Id.
uma coisa boa, como não eram tantas as opções, dava pra destrinchar melhor as descobertas interessantes. ouvir 10 vezes, chupar os ossinhos. ir passando lentamente da curiosidade, da paixão (ou da estranheza perturbadora) pro amor. e também todo aquele prazer da conquista, que fica maior pela dificuldade.
outras coisas divertidas. o amigo que vinha de fora com um disco importante e que imediatamente virava ôu mighty dono da bola, por favor, por favor. as fitinhas que rodavam a cidade, tipo corrente. tem uma do violent femmes que virou lenda. as pessoas mais diversas - mesmas músicas, mesma ordem. muitas discursões pra tentar descobrir a matriz e até hj pra mim é mistério do além.
confesso que agora me vejo doida, ainda não sei me mover direito no meio de todas essas avenidas, ruas e becos engarrafados de informação. mas gosto muito, tô reclamando não. o que as forças do soulseek mais banda larga não causam numa vida? pq o zumbi que tava tão hibernante acordou com pense numa fome. engraçado como algumas coisas na gente não mudam com o tempo.
mas já que essa coisa nostálgica musical tomou conta de todo esse post que não era nem pra falar de passado, vou aproveitar pra agradecer a
*painho. que me deu os primeiros compactos sem ser de historinhas.
*tio zé e tia lita, primeiro beatles e chico.
*lojinha que esqueci o nome que ficava na conselheiro aguiar, perto do bradesco. parada obrigatória pós-aula, onde eu só ia ouvir coisas e não comprava nada. foi a primeira.
*loja de Paulo André, nas Graças, nome esquecido tb. cris e val. alta fidelidade demais. visitante ocasional, por que lá é ob e eu era bv. camisa do clash que existe até hoje.
*allegro cantante. pentelhava bastante, mas juntando duas semanas de mesada já dava pra umas comprinhas. sabe um lugar que você nunca, nunca na vida vai esquecer? muitos smiths, o surfer rosa, o sister, the band of holy joy, bauhaus, stone roses, todos os joy division e new order. acho que agora nesse momento vou chorar.
*os amores. que sempre trazem um novo mundo musical pra nossa vida. às vezes não lembro nem o meu telefone (e.s.s.m. total), mas sei exatamente quem trouxe o quê. na verdade dá pra montar toda uma cronologia amorosa musical. hum, diversão pra qd tiver faltando trouxa de roupa pra lavar.
* a vinil. encomendava dois e só levava um, pq estudante, dólar, essas coisas. bestie boys, velvet da banana, vu. aí já era cd. sim, pq eu tava falando de vinil até agora.
falando nisso, melhor parar antes de começar a registrar d e t a l h a d a m e n t e como foi a passagem dolorosa do vinil pro cd e a ok do cd pro mp3. e salve os tocadores de mp3, que transformam uma singela ida ao supermercado, malhação, espera em consultório médico e tralalá, numas experiêcias tão mais felizes. pq trilha sonora na vida :)